Três municípios têm o melhor IDM do Ceará: Sobral, Eusébio e Marco

Por: Pádua Martins | Em:
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O IDM traduz de forma consolidada a situação dos 184 municípios do Ceará, com base em 30 indicadores distribuídos em quatro dimensões. (Foto: Envato Elements)

Sobral, Eusébio, Marco, Aracati, Jaguaribe, Alcântaras, Horizonte, Fortaleza, Tauá e Novas Russas são os dez municípios melhores posicionados no Ceará no ranking do Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM/2022). A média do IDM dos municípios cearenses apresentou uma evolução positiva ao longo dos anos. Em 2019, a média foi de 0,5042, aumentando gradualmente nos anos seguintes para 0,5185 em 2020, 0,5329 em 2021, e alcançando 0,5703 em 2022, o que evidencia uma tendência de melhora no desenvolvimento dos municípios no período analisado. Apesar de Sobral ser o melhor ranqueado, entre 2019 e 2022 a taxa de variação do IDM caiu 2,01%.


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Já os dez municípios com menores IDM (Global) em 2022 são (em ordem decrescente): Apuiarés; Monsenhor Tabosa; Chaval; Paramoti; São João do Jaguaribe; Tarrafas; Umirim; Tururu; Salitre e Missão Velha. O IDM traduz de forma consolidada a situação dos 184 municípios do Ceará, com base em 30 indicadores distribuídos em quatro dimensões: Ambiental, Economia, Social e Governança Pública. E quanto mais próximo de 1 (um), melhor posicionado está o município avaliado. Os dados estão no IDM Ceará/2022, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

O estudo revela uma evolução na distribuição dos municípios pelas classes de desenvolvimento do IDM. Em 2019, a maioria dos municípios (98) estava na classe “até 0,500”, representando um nível menor de desenvolvimento. No entanto, esse quantitativo foi reduzido significativamente para 19 municípios em 2022, sinalizando uma melhoria expressiva. Houve também um aumento no número de municípios na classe “De 0,501 até 0,600”, que passou de 78 em 2019 para 104 em 2022.

O maior crescimento ocorreu na classe “De 0,601 até 0,700”, que saltou de 14 municípios em 2019 para 58 em 2022. Por sua vez, a classe mais alta de desenvolvimento, “Acima de 0,700”, apresentou pequeno incremento no número de municípios ao longo dos anos estudados. Quando analisadas as quatro dimensões do IDM (ambiental, economia, social e governança pública) outra constatação: a dimensão Economia foi a que mais contribuiu para o crescimento do IDM Global no período analisado (2019-2022), registrando a maior taxa de variação, 22,59%, evidenciando uma melhoria significativa nessa dimensão.

A dimensão Social, embora tenha apresentado a menor taxa de variação (8,74%), manteve o maior valor médio ao longo dos anos, variando de 0,6289 em 2019 para 0,6839 em 2022. Segundo o trabalho, isso demonstra que esta dimensão já possuía um patamar elevado e contribuiu de maneira consistente para o IDM Global, refletindo em melhorias nos indicadores das áreas de educação, saúde e segurança pública.

Por sua vez, a dimensão Ambiental apresentou um crescimento intermediário de 11,61%, indicando avanços em aspectos como acesso ao saneamento básico, preservação de recursos naturais e controle de práticas predatórias, elementos fundamentais para a sustentabilidade de longo prazo. Já a dimensão de Governança Pública registrou uma taxa de crescimento de 9,19%, evidenciando esforços em gestão pública, com destaque para eficiência fiscal e maior transparência, fatores relevantes para o desenvolvimento municipal.

O IDM Global, com um crescimento de 13,11% no período analisado, reflete a média dos avanços das dimensões, sendo especialmente impulsionado pelo progresso na dimensão econômica. A análise geral sugere que, embora todas as dimensões tenham apresentado evolução positiva, a priorização de políticas públicas voltadas ao dinamismo produtivo local, com foco na geração de emprego e renda, foi um fator relevante para a melhoria do desenvolvimento dos municípios.

Tema debatido

O IDM foi o tema da segunda edição do Ipece em Destaque, que tem por objetivo apresentar um trabalho, selecionado dentre muitos, realizado pelo Instituto. O evento, realizado na manhã desta quarta-feira (26) no Auditório do Ipece, contou com a participação de representantes de outros órgãos públicos (municipais, estaduais e federais); universidades, entidades privadas, meios de comunicação, estudantes, dentre outros. Logo após a apresentação do estudo foi realizado um amplo debate.

O trabalho sobre o IDM foi coordenado pelos professores Ricardo Pereira e Fábio Montenegro, respectivamente diretores de Estudos Econômicos (Diec) e de Estudos de Gestão Pública (Digep), e que contou com uma equipe formada pelos analistas de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, Cleyber Nascimento de Medeiros, Nicolino Trompieri Neto, Victor Hugo de Oliveira Silva e Paulo Araújo Pontes, Raquel da Silva Sales (assessora Técnica) e com colaboração de Aprígio Botelho Lócio (apoio Técnico).

O IDM

O IDM tem por objetivo avaliar o desenvolvimento dos 184 municípios cearenses, possibilitando a comparação entre eles em um ano específico, bem como ao longo dos anos.

O Índice é composto por um conjunto de 30 indicadores, que envolvem quatro diferentes dimensões (Ambiental, Economia, Social e Governança Pública). O IDM é uma ferramenta que subsidia a gestão governamental, sendo importante para o aperfeiçoamento de políticas públicas e a otimização da alocação de recursos públicos. Ciente da importância desse indicador para o Estado do Ceará, o Ipece elabora o IDM com o objetivo de disseminar informações relevantes para a política de desenvolvimento do Estado do Ceará.

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