O valor desembolsado pelo Plano Safra 2024/25 até fevereiro de 2025 foi de R$ 245,57 bilhões, representando 51,53% do total disponível de R$ 476,59 bilhões. O volume é 19,57% menor que o registrado no mesmo período da safra anterior, que foi de R$ 305,31 bilhões.
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Contratos: Até o fim de fevereiro, foram realizados 1,407 milhão de contratos. Esse número é 13,3% menor do que os 1,622 milhão de contratos registrados no mesmo período da safra passada. O recuo nos desembolsos foi mais acentuado no início da temporada, com uma redução de 48% no primeiro mês.
Previsões: A tendência é que a retração no desembolso continue até o fim da safra, de acordo com Guilherme Rios, assessor técnico de Política Agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ele observa que a queda não reflete a falta de demanda, mas a dificuldade de acesso ao crédito oficial devido ao aumento da seletividade e aos altos custos do financiamento privado.
Setor privado: A demanda por financiamento no campo segue alta, mas o mercado privado tem sido a principal fonte de recursos. Rios destaca que, embora o crédito oficial tenha diminuído, o financiamento privado aumentou 60% em relação ao ano passado, principalmente entre os grandes produtores, que recorrem a títulos agrícolas como as Cédulas de Produto Rural (CPRs).
Mais crédito: Com a alta da taxa Selic, o custo das fontes privadas aumentará, o que pode levar os produtores a buscar mais crédito oficial. No entanto, a participação do crédito privado no financiamento rural continuará a ser relevante para grande parte dos produtores.
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