Dólar cai 2,71% e tem maior recuo desde 2022

Por: Redação | Em:
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A queda do dólar comercial ocorreu em meio à expectativa de políticas monetárias mais brandas nos Estados Unidos. (Foto: Envato Elements)

O dólar comercial encerrou a última quarta-feira (5) em R$ 5,756, com queda de 2,71%. Esse foi o maior recuo diário desde outubro de 2022, impulsionado por sinais de desaceleração nos Estados Unidos e pela reversão de medidas comerciais anunciadas por Donald Trump.


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Bolsa: O Ibovespa, principal índice da B3, teve leve alta de 0,2%, fechando aos 123.047 pontos. O avanço ocorreu em linha com as bolsas internacionais, mas foi limitado pelo desempenho negativo de ações ligadas ao setor de energia. A queda no preço do petróleo pesou sobre as petroleiras, impedindo uma valorização mais expressiva do índice, que operou sem direção única ao longo do pregão.

Petróleo: O preço do barril de petróleo tipo Brent caiu 2,36%, encerrando o dia a US$ 69,46. A desvalorização foi motivada pelo aumento dos estoques da commodity nos Estados Unidos e pela expectativa de que a Opep+ eleve sua produção em abril. A maior oferta global pressiona os preços e impacta diretamente empresas do setor de óleo e gás, refletindo no desempenho dos mercados acionários.

Petrobras: As ações da Petrobras acompanharam o movimento de baixa do petróleo e foram os principais destaques negativos do Ibovespa. Os papéis ordinários (PETR3), que não dão direito a voto em assembleia, caíram 4,61%, enquanto as preferenciais (PETR4), que garantem prioridade na distribuição de dividendos, recuaram 3,65%. A empresa é fortemente influenciada pelo preço internacional do petróleo e pelo cenário de oferta e demanda da commodity.

Tendências: A forte queda do dólar ocorreu em um contexto de reavaliação das expectativas para a economia dos Estados Unidos. Sinais de desaceleração reforçam a possibilidade de que o Federal Reserve adote uma política monetária mais branda, reduzindo a pressão sobre a moeda americana. Além disso, a decisão de Donald Trump de adiar para abril a elevação das tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá contribuiu para o alívio no câmbio.

Cenário: O mercado financeiro retomou as negociações após o carnaval com um cenário misto. O alívio no câmbio contrasta com a instabilidade no mercado de ações, onde o setor de energia apresentou forte correção. Investidores seguem atentos aos desdobramentos da política monetária nos Estados Unidos e às movimentações da Opep+, fatores que devem continuar influenciando os mercados nos próximos pregões.

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