Uma pesquisa realizado pelo Sebrae mostra que 50% das pequenas empresas encerram as atividades antes de cinco anos. (Foto: Envato Elements)
Pequenas empresas enfrentam desafios para manter a saúde financeira dos negócios. A falta de organização pode comprometer o crescimento e levar ao fechamento precoce. Uma pesquisa do Sebrae mostra que 50% das pequenas empresas encerram as atividades antes de cinco anos.
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A má gestão financeira é uma das principais razões, agravada pela falta de separação entre finanças pessoais e empresariais. O estudo também aponta a ausência de planejamento adequado como um fator crítico. Negócios promissores podem falhar sem controle eficiente de custos e fluxo de caixa.
Samuel Modesto, especialista em gestão empresarial, destaca que muitos empreendedores priorizam o faturamento e ignoram as despesas. Segundo ele, a lucratividade real depende do controle rigoroso de custos fixos e variáveis.
Ele também recomenda a criação de reservas financeiras para imprevistos e investimentos estratégicos.“É fundamental ter um planejamento que inclua reservas para imprevistos e investimentos futuros. Sem isso, qualquer crescimento pode ser passageiro”, destaca.
Planejamento financeiro a partir de decisões estratégicas
Um dos primeiros passos para uma gestão financeira eficiente é o planejamento. Definir metas claras, tanto de curto quanto de longo prazo, ajuda a direcionar os recursos de forma mais assertiva. Por exemplo, pequenas empresas que desejam expandir suas operações podem começar com um plano de redução de custos operacionais, como a renegociação de contratos com fornecedores ou a adoção de tecnologias que otimizem processos.
Outro ponto importante é a separação entre as finanças pessoais e empresariais. Muitos empreendedores cometem o erro de utilizar o caixa da empresa para cobrir despesas pessoais, o que pode gerar um desequilíbrio financeiro. Criar uma conta exclusiva para o negócio e estabelecer um pró-labore fixo são medidas simples, mas que fazem toda a diferença.
Controle de caixa e o impacto no dia a dia
O controle de caixa é outra ferramenta essencial para a saúde financeira de uma empresa. Saber exatamente quanto entra e sai do caixa permite identificar padrões de gastos, evitar desperdícios e tomar decisões mais informadas.
Para o especialista, esse controle deve ser diário. “O fluxo de caixa não pode ser negligenciado. É ele que vai mostrar se a empresa está gerando lucro ou apenas sobrevivendo. Além disso, com um controle detalhado, é possível identificar oportunidades de melhoria e investimento”, afirma.
A importância de reservas e investimentos
Por fim, a criação de uma reserva financeira é um passo que muitas pequenas empresas ignoram, mas que pode ser decisivo em momentos de crise. Ter um fundo de emergência garante que a empresa consiga enfrentar imprevistos, como quedas nas vendas ou aumento de custos, sem comprometer suas operações. Além disso, parte dos lucros deve ser reinvestida no negócio, seja em infraestrutura, capacitação da equipe ou expansão.
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