O Banco Central (BC) prevê inflação de 5,5% a 5,6% nos próximos trimestres, com queda para 5,1% até o fim do ano. (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,64% em março, após alta de 1,23% em fevereiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da desaceleração, a inflação acumulada em 12 meses chegou a 5,26%, a maior em dois anos e acima da meta de 3% do Banco Central (BC).
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A prévia da inflação veio abaixo da expectativa de mercado, que projetava 0,70% no mês. O aumento nos preços dos alimentos foi o principal fator de pressão, especialmente no ovo de galinha (+19,44%) e tomate (+12,57%).
Os combustíveis também influenciaram o índice, com alta de 1,83% na gasolina e 2,77% no diesel. A energia elétrica residencial subiu 0,43%, enquanto os grupos de saúde e comunicação tiveram variações menores.
O Banco Central prevê inflação de 5,5% a 5,6% nos próximos trimestres, com queda para 5,1% até o fim do ano. Se a tendência de rompimento da meta continuar por seis meses, o BC terá que apresentar um plano de ajuste.
A taxa Selic, atualmente em 14,25% ao ano, deve sofrer ajustes menores nas próximas reuniões do Copom. O mercado espera um corte inferior a 1 ponto percentual em maio.
A alta dos alimentos já preocupa o governo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad, ministro da Fazenda, apontam a inflação como um fator de queda na popularidade do governo.