Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações, com alíquotas elevadas para a União Europeia (20%) e a China (34%). O Brasil será taxado com a menor tarifa, aplicada a todas as exportações, inclusive as hoje isentas. Em alguns casos, a taxa pode chegar a 49%. As medidas entram em vigor no sábado (6), com tarifas adicionais previstas para 9 de abril.
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Trump justificou a decisão como um impulso à indústria americana e uma forma de reforçar o orçamento do governo. No entanto, economistas alertam para o risco de aumento da inflação e desaceleração econômica. Mercados futuros nos EUA caíram após o anúncio.
O presidente apresentou a ação como uma resposta a tarifas impostas a produtos americanos no exterior. Segundo ele, países que quiserem isenção devem abrir seus mercados e ampliar a compra de produtos dos EUA.
Reação global
A Fitch Ratings informou que as tarifas médias sobre importados nos EUA saltaram de 2,5% em 2024 para 22%, o nível mais alto desde 1910. A União Europeia e o Brasil estudam retaliações comerciais.
A Câmara dos Deputados brasileira aprovou um projeto de lei que autoriza o governo a retaliar barreiras comerciais contra produtos nacionais. O texto segue para sanção presidencial.
Na Europa, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, deve se pronunciar nesta quinta-feira (3). O governo alemão propõe um acordo de livre comércio com os EUA para evitar novas tarifas.
Trump amplia risco de recessão
A imposição de tarifas já afeta os mercados financeiros. Desde fevereiro, ações na bolsa americana perderam quase US$ 5 trilhões em valor. Empresas que dependem do comércio internacional enfrentam incertezas.
Assessores da Casa Branca defendem que a medida fortalece a indústria americana. No entanto, economistas alertam para um aumento no custo de vida nos EUA, já que os preços mais altos tendem a ser repassados ao consumidor.
A escalada protecionista já desacelerou a atividade industrial global, enquanto consumidores tentam antecipar compras antes dos reajustes de preços.
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