A escalada acontece após o presidente Donald Trump afirmar que imporá as novas tarifas caso a China não reverta aumentos comerciais. (Foto: Envato Elements)
A China afirmou nesta terça-feira (8), que lutará “até o fim” contra a ameaça dos Estados Unidos (USA) de aplicar uma tarifa adicional de 50% sobre importações chinesas. O Ministério do Comércio classificou a medida como “intimidação unilateral” e anunciou novas contramedidas.
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A escalada acontece após o presidente Donald Trump afirmar que imporá as novas tarifas caso a China não reverta aumentos comerciais de 34% até 8 de abril. A reação de Pequim sugere que outras retaliações podem ser implementadas.
O governo chinês justificou as ações como defesa de sua soberania e desenvolvimento. Afirmou ainda que as tarifas americanas são um erro estratégico que ameaça a ordem comercial global.
As bolsas reagiram com volatilidade, de Tóquio a Nova York, diante do risco de agravamento da guerra comercial. Se aplicadas, as tarifas de Trump totalizariam 104% sobre produtos chineses.
Além das novas tarifas, o pacote inclui 20% como punição ao tráfico de fentanil e 34% impostas na semana passada. O impacto pode elevar preços nos EUA e incentivar a China a buscar acordos com a União Europeia e outros mercados.
O comércio entre os países já mostra sinais de mudança. Empresários chineses relataram dependência crescente da Europa e temor de fechamento de empresas com a escalada tarifária.
Especialistas apontam que Pequim ainda dispõe de alternativas para responder, como limitar serviços financeiros e jurídicos americanos no país ou impor barreiras a produtos agrícolas dos EUA.
O déficit dos EUA com a China em 2024 ficou entre US$ 263 bilhões e US$ 295 bilhões. Autoridades chinesas afirmaram que os EUA não demonstram disposição real para negociar em igualdade.
Em Hong Kong, o chefe do Executivo John Lee criticou as tarifas americanas como prejudiciais ao comércio multilateral. A cidade pretende ampliar acordos com a China e buscar mais capital estrangeiro para mitigar impactos.
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