As exportações da China subiram 12,4% em março em relação ao mesmo período de 2024, o maior avanço em cinco meses. (Foto: Envato Elements)
As exportações da China subiram 12,4% em março em relação ao mesmo período de 2024, o maior avanço em cinco meses. O aumento ocorreu após fábricas anteciparem remessas para os Estados Unidos (EUA), em resposta à iminente elevação de tarifas comerciais.
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O desempenho superou as expectativas do mercado, que projetava crescimento de 4,4%, segundo pesquisa da Reuters. Em janeiro e fevereiro, as exportações haviam subido 2,3%, indicando aceleração pontual no fluxo de comércio exterior.
O movimento foi impulsionado por fabricantes chineses que correram para embarcar mercadorias antes da entrada em vigor das tarifas impostas pelos EUA, que somam até 145% sobre as importações da China.
Apesar do crescimento em março, analistas afirmam que o cenário futuro é de retração. A Capital Economics estima que as exportações chinesas levarão anos para retomar os níveis atuais, diante do agravamento da guerra comercial.
Desde fevereiro, os Estados Unidos aplicaram tarifas sucessivas de 10% sobre produtos chineses, com novas elevações em março. Pequim respondeu com aumentos de até 125% nas tarifas sobre produtos norte-americanos.
As medidas afetam não apenas o comércio bilateral, mas também os fluxos globais de investimento. As incertezas já provocam volatilidade nos mercados e pressionam as cadeias globais de suprimento.
A escalada tarifária entre as duas maiores economias do mundo aumenta o risco de desaceleração industrial e reduz as expectativas de crescimento na China. A decisão de Donald Trump em manter tarifas mais elevadas sobre a China, mesmo após suspender sanções sobre outras economias, indica continuidade no endurecimento da política comercial dos EUA.
Empresários e investidores acompanham os desdobramentos com cautela, diante da possibilidade de novos desajustes no comércio global e pressão sobre a retomada do crescimento internacional.
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