Segundo dado divulgado pelo IBGE na última sexta-feira (11), em 12 meses, a inflação acumulada chegou a 5,48%. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
De acordo com o Boletim Focus do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira (14), o mercado financeiro manteve as expectativas para a inflação e os juros básicos em 2025 e 2026, mas elevou levemente as projeções de crescimento da economia brasileira nos dois períodos.
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A mediana das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2025 segue em 5,65%, mesmo nível da semana anterior. Para 2026, a projeção também foi mantida em 4,50%. Ambas permanecem acima do centro da meta do Banco Central, de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual.
O Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 deve crescer 1,98%, ante 1,97% da semana anterior. Para 2026, a previsão passou de 1,60% para 1,61%, refletindo uma leve melhora nas expectativas sobre o desempenho da economia brasileira.
A taxa Selic deve encerrar 2025 em 15,00%, patamar mantido pela 14ª semana consecutiva. Para 2026, a projeção também permaneceu estável, em 12,50%. Atualmente, a taxa básica está em 14,25% ao ano.
O cenário internacional pressiona os mercados. O anúncio de tarifas adicionais pelo presidente dos EUA, Donald Trump, reacendeu temores de recessão global. Após novas medidas protecionistas contra a China, Washington aplicou tarifa total de 145% sobre produtos chineses, e Pequim respondeu com taxa de 125%.
Na última semana, Trump havia suspendido tarifas “recíprocas” para a maioria dos países, mantendo, porém, a tarifa mínima universal de 10% sobre todas as importações.
No cenário doméstico, o IPCA subiu 0,56% em março, ante 1,31% em fevereiro. Segundo dado divulgado pelo IBGE na última sexta-feira (11), em 12 meses, a inflação acumulada chegou a 5,48%.
O Banco Central informou que o IBC-Br, indicador considerado prévia do PIB, cresceu 0,4% em fevereiro, com destaque para o setor agropecuário.
No câmbio, o dólar deve encerrar 2025 a R$5,90, com leve recuo na projeção para 2026, de R$5,99 para R$5,97. A moeda acumula queda de 5% no ano, influenciada por ajustes pós-disparada em 2024 e incertezas sobre tarifas norte-americanas.
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