Se a FTC vencer, a Meta pode ser forçada a vender os dois aplicativos. A comissão já havia aprovado as compras, mas manteve a investigação. (Foto: Kenny Holston/NYT)
Um julgamento antitruste contra a Meta começou nesta segunda-feira (14) nos Estados Unidos. A Comissão Federal de Comércio (FTC) acusa a empresa de ter adquirido o Instagram (2012) e o WhatsApp (2014) com o objetivo de eliminar concorrência e consolidar um monopólio.
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Se a FTC vencer, a Meta pode ser forçada a vender os dois aplicativos. A comissão já havia aprovado as compras, mas manteve a investigação aberta. A ação argumenta que as aquisições foram estratégicas para neutralizar ameaças ao Facebook.
A Meta afirma que os serviços melhoraram após a fusão. A defesa deve alegar que os usuários se beneficiaram e que a afirmação de Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, de que “é melhor comprar do que competir” — registrada em e-mails — não comprova prática anticompetitiva.
O processo teve início no primeiro mandato de Donald Trump e agora pode ganhar contornos políticos. O Wall Street Journal revelou que Zuckerberg fez lobby com o atual presidente dos EUA para encerrar o caso.
Recentemente, Trump demitiu dois comissários da FTC, ambos democratas, o que aumentou a pressão sobre o órgão. Os ex-comissários afirmam que a medida busca intimidar os atuais integrantes da comissão.
Apesar da tensão política, Andrew Ferguson, presidente da FTC, afirmou que seguirá ordens legais. Ele foi indicado por Trump e disse que ficaria surpreso com uma eventual interferência direta.
O julgamento ocorre paralelamente ao caso entre o Departamento de Justiça e o Google, cuja primeira fase foi vencida pelo governo. Ambos os processos marcam o avanço da agenda antitruste nos EUA.
Especialistas avaliam que o caso contra a Meta é mais difícil de vencer. Ao contrário da busca online, onde o Google domina 90% do mercado, a Meta enfrenta concorrência de TikTok, YouTube, X e iMessage.
A Meta alega que o julgamento ignora o cenário competitivo atual. A empresa afirma que redes sociais e aplicativos de mensagens operam em um mercado com ampla oferta de alternativas.
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