A nova regra se soma às restrições anteriores, que já proíbem o envio de chips mais avançados da Nvidia ao mercado chinês. (Foto: eprodução/Nvidia Corp)
A Nvidia comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (SEC) que espera um impacto de até US$ 5,5 bilhões no trimestre fiscal que termina em 27 de abril. O prejuízo está relacionado à exigência do governo dos Estados Unidos (EUA) para que a empresa obtenha licença antes de exportar chips H20 para a China.
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A medida foi imposta na semana passada por autoridades americanas, que alegam risco de uso desses chips em supercomputadores chineses. A exigência vale por tempo indeterminado e afeta as unidades de processamento gráfico (GPUs) com largura de banda similar à da H20.
A nova regra se soma às restrições anteriores, que já proíbem o envio de chips mais avançados da Nvidia ao mercado chinês, especialmente os voltados para aplicações em inteligência artificial.
A Nvidia informou que os encargos de US$ 5,5 bilhões incluem perdas com inventário, compromissos de compra e reservas relacionadas aos produtos H20. Em reais, o valor representa cerca de R$ 32,3 bilhões, considerando a cotação atual.
As ações da Nvidia caíram mais de 6% nas negociações pós-mercado da última terça-feira (15), ampliando a volatilidade observada desde o anúncio de tarifas do presidente Donald Trump em 2 de abril.
A restrição atinge diretamente um dos poucos chips que a Nvidia ainda podia vender legalmente para a China após as sanções anteriores. A empresa não informou se pretende solicitar a licença ou rever sua estratégia de exportações.