Brasil pode iniciar cultivo de pistache com projeto no Ceará

Por: Redação | Em:
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pistache no ceará

O consumo de pistache cresceu no Brasil, impulsionado pelo uso na confeitaria, com as importações saltando para mais de mil toneladas em 2024. (Foto: Envato Elements)

O Ceará busca se tornar o pioneiro na produção nacional de pistache, fruto 100% importado pelo Brasil. A Serra da Ibiapaba foi escolhida como local de testes, por reunir altitude elevada e temperaturas mais amenas, segundo reportagem do g1.


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A iniciativa começou em 2022, após visita de agricultores à Califórnia, maior produtora mundial do fruto ao lado do Irã. A Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) articula com a Embrapa a importação do material genético necessário.

Apesar do interesse, o processo ainda não avançou. Segundo a Faec, o germoplasma e as cultivares não foram definidos, e nenhuma parceria formal com a Embrapa foi concluída até agora.

Além disso, a planta do pistache exige entre dois e três meses de frio com temperaturas abaixo de 10°C, condição inexistente na região da Ibiapaba. Estudos indicam possível adaptação da cultura ao clima tropical, mas ainda não há testes aplicados no Ceará.

Outros países, como a Argentina, têm conduzido experimentos em regiões semiáridas e frias. No Brasil, um estudo do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) em 2005 apontou viabilidade limitada, com recomendação de combinar o cultivo com videiras para viabilizar o retorno financeiro.

O ciclo da planta é longo: são cerca de dez anos até a primeira colheita. Depois disso, o pistacheiro pode produzir por até cem anos, se bem manejado.

Importações de pistache triplicaram 

O consumo de pistache cresceu no Brasil, impulsionado pelo uso na confeitaria, com as importações saltando de 350 toneladas em 2022 para mais de mil toneladas em 2024, segundo a Comex Stat.

Hoje, 85% do produto vem dos Estados Unidos. O preço final varia conforme o dólar, o que torna a produção nacional estratégica para o abastecimento interno e para reduzir a dependência externa.

Caso a plantação-piloto no Ceará avance, o estado precisará também investir em estrutura de processamento e beneficiamento, além de superar as exigências fitossanitárias da importação do material genético.

*Com informações do g1

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