ABSOLAR busca celeridade nas redes de transmissão de energia solar

Por: Eleazar Barbosa | Em:
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A ABSOLAR tem atuado junto à agência regulatória no Congresso Nacional para tratar dos principais gargalos para o fomento da energia solar no país. (Foto: Nicolas Leiva)

O presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, afirmou que a demora a partir da elaboração de leilões para implementar linhas de transmissão de energia das usinas solares espalhadas no país pode chegar a um período de execução de três a sete anos, o que não é suficiente. A fala do presente ocorreu durante uma entrevista exclusiva para a TRENDS no Intersolar Summit Brasil Nordeste, evento sediado em Fortaleza durante os dias 23 e 24 de abril, e que traz importantes discussões sobre energias renováveis.


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“Temos trabalhado junto ao Ministério de Minas e Energia, Aneel, INS e outras entidades na busca por soluções de curto e médio prazos. Além disso, atuamos para que haja uma redução nos cortes de renovável como operação mais flexível do sistema, melhorias na troca de dados entre os agentes e operadores, soluções estruturantes quanto a emancipação de novas linhas de transmissão e a instalação de sistemas de armazenamento de energia elétrica que permita a gente guardar em vez de desperdiçar essa energia limpa”, pontuou Rodrigo.

Desafios da energia solar no Brasil

(Foto: Morena Lima)

Segundo o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia (foto), a instituição tem atuado de forma direcionada junto à agência regulatória no Congresso Nacional para tratar de alguns dos principais gargalos e desafios para o fomento da energia solar no país. Rodrigo relata que a ABSOLAR averigua que algumas distribuidoras, quando se trata de geração de energia solar de pequeno porte, se recusam a estabelecer conexão de novos sistemas alegando inversão de fluxo de potência.

“Nós temos trabalhado com a agência regulatória buscando fortalecer a fiscalização dessas distribuidoras e, se houver alguma irregularidade, que elas sejam punidas exemplarmente, para criar uma cultura de seguir as regras de forma correta. Outro ponto é a busca por melhorias no ambiente legal e regulatório, por meio de aprimoramento junto ao Congresso Nacional do Arcabouço Legal, hoje vigente apenas para a geração distribuída”, frisou o presidente da ABSOLAR.

Geração de energia solar no Nordeste

Rodrigo aponta o Nordeste como representante do principal polo de usina solar de grande porte do país, o qual, segundo ele, é uma região muito importante na geração solar de pequeno e médio porte, no critério de geração distribuída. A região é responsável por 16,9 GWatts em potência instalada operacional, dos 55 GWatts da energia solar produzida no país.

“É uma parcela bastante relevante, e isso já trouxe para a região Nordeste mais de R$ 70 milhões em investimentos, e mais de 500 mil empregos de 2012 pra cá. Nós temos atuado em conjunto com os estados no Consórcio Nordeste, na busca de ações em parceria, para que a gente possa resolver esses gargalos e aproveitar a oportunidade de criar políticas públicas”, enfatizou Rodrigo.

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