O presidente Lula defendeu o aumento das importações brasileiras de produtos chilenos para reequilibrar a balança comercial. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O presidente Lula defendeu, na última terça-feira (22), o aumento das importações brasileiras de produtos chilenos para reequilibrar a balança comercial entre os dois países. A declaração ocorreu durante o encerramento do Fórum Empresarial Brasil-Chile, em Brasília.
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Lula afirmou que a maior economia da América Latina precisa “flexibilizar” para que os acordos comerciais avancem. Segundo ele, o fortalecimento da parceria deve ser baseado em ganhos mútuos e maior justiça econômica.
Gabriel Boric, presidente chileno, destacou a estabilidade do Chile como fator atrativo para investidores estrangeiros e garantiu que o país não apoia guerras comerciais, defendendo o comércio como ferramenta para desenvolvimento conjunto.
Dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que o Brasil é o principal parceiro comercial do Chile na América do Sul, com destaque para a exportação de bens industriais. O Chile, por sua vez, ocupa a sétima posição no ranking de parceiros comerciais do Brasil.
O comércio bilateral alcançou US$ 11,7 bilhões no último ano, com US$ 6,7 bilhões em exportações brasileiras e US$ 5 bilhões em importações. A diferença foi destacada por Lula como um desequilíbrio que pode ser reduzido com mais compras do Brasil.
Além do comércio, os presidentes defenderam a cooperação regional e a independência econômica da América Latina em relação a economias como Estados Unidos e União Europeia.
O Fórum Empresarial Brasil-Chile foi promovido pela CNI e pela Sociedad de Fomento Fabril do Chile, com a presença de 250 representantes empresariais e autoridades dos dois países.
O encontro discutiu temas como integração de cadeias produtivas e cooperação em áreas estratégicas como energia, turismo e finanças sustentáveis. A meta é impulsionar investimentos e ampliar a inovação entre os dois mercados.
A visita oficial de Boric ao Brasil incluiu ainda reuniões no Palácio do Planalto e articulações para promover maior integração logística e comercial entre os países.
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