A China negou que haja negociações comerciais com os Estados Unidos (EUA), apesar das declarações recentes do presidente Donald Trump. A afirmação foi feita nesta quinta-feira (24) pelo porta-voz do Ministério do Comércio chinês, He Yadong, que descartou qualquer tratativa econômica ou comercial em curso com Washington.
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A declaração contradiz Trump, que afirmou na véspera que “tudo está ativo” e que os EUA buscariam um “acordo justo” com a China. A Casa Branca não comentou a posição oficial chinesa, mas fontes ouvidas pela Reuters indicam que o governo norte-americano estuda reduzir tarifas sobre produtos chineses.
As tarifas impostas por Trump chegaram a 145% sobre algumas mercadorias. Em resposta, Pequim aplicou tarifas de até 125% sobre produtos dos Estados Unidos, intensificando a disputa entre as duas maiores economias do mundo.
Mercado global em alerta
A guerra comercial entre China e Estados Unidos tem pressionado os mercados e ampliado temores de recessão global. O impasse começou com as sanções tarifárias unilaterais aplicadas por Washington, que Pequim considera injustificadas.
Segundo o porta-voz chinês, para que haja avanço, os Estados Unidos precisam suspender essas medidas e demonstrar “sinceridade” nas conversas. A China defende que qualquer negociação futura ocorra em condições de igualdade.
A fala de He Yadong reforça que não há base factual para declarações sobre progresso nas negociações. Ele afirmou que o retorno ao diálogo depende da correção de práticas equivocadas por parte dos EUA.
Posição da China no G20
Durante o G20, o presidente do banco central da China, Pan Gongsheng, reiterou o apoio do país às regras do livre comércio e ao sistema multilateral. A declaração foi feita paralelamente às reuniões do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial em Washington.
O impasse comercial tem sido um dos principais temas desses encontros. Autoridades econômicas internacionais alertam para os efeitos negativos da disputa sobre o crescimento global.
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