A Inteligência Artificial (IA) atua em diversos formatos e funcionalidades, como na saúde, por exemplo. Melhorias de processos, inovações e soluções são usadas para a qualidade de vida e benefícios à saúde da população. O uso da IA em diferentes ferramentas tornam os processos mais eficientes, diminuindo os custos da operação de clínicas, hospitais e […]

Uso de inteligência artificial melhora processos e amplia acesso à saúde

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A Inteligência Artificial (IA) atua em diversos formatos e funcionalidades, como na saúde, por exemplo. Melhorias de processos, inovações e soluções são usadas para a qualidade de vida e benefícios à saúde da população. O uso da IA em diferentes ferramentas tornam os processos mais eficientes, diminuindo os custos da operação de clínicas, hospitais e consultórios.


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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a IA está revolucionando os campos da medicina, pesquisa e saúde pública. E mesmo com os aspectos positivos, existe uma preocupação com a rapidez no desenvolvimento da tecnologia no setor da saúde. É necessário levar em consideração diretrizes éticas, comportamentais, normas e regramentos sociais, especialmente relacionados ao acesso equitativo, privacidade, inclusão social, preconceito e responsabilidade.

 “A inteligência artificial é uma tecnologia de propósito geral que visa levar uma série de melhorias em todos os segmentos, modificando boa parte das relações sociais. Na área da saúde, ela atua tanto nos campos de novos tratamentos quanto na gestão em si. Hoje, o maior desafio é convencer os ambientes organizacionais de recepcionar essas iniciativas”.

Ney Paranaguá, sócio da Maida.health e professor do Instituto Federal do Piauí (IFPI)

O setor de IA na saúde em todo o mundo chegou a ser avaliado em cerca de US$ 600 milhões em 2014 e deve atingir, ao todo, US$ 150 bilhões em 2026. Dentro dessa estatística, estima-se que, até 2025, 90% dos hospitais dos Estados Unidos utilizarão sistemas de IA para melhorar a qualidade de atendimento de pacientes e, assim, diminuir a taxa de mortalidade da população.

Aqui no Brasil, os dados do Banco Mundial demonstraram que o desenvolvimento e a aplicação de sistemas de IA direcionados a analisar prontuários eletrônicos pode otimizar custos em até R$ 22 bilhões, que em grande parte evitaria repetições desnecessárias de tratamentos, diagnósticos errados e exames.

Inovação em saúde

Entre os exemplos de sucesso da utilização da Inteligência Artificial na área de saúde no Brasil, existe a Maida.health, do sistema Hapvida, que é composta pelas empresas Infoway e Haptech. Em 2019, as duas healthtechs, ambas com mais de 20 anos de experiência, somaram riquezas de dados, inovação e capacidade de gestão para oferecer soluções para planos de saúde, inteligência artificial e telemedicina.

O propósito da Maida.health é promover acesso à saúde por meio da inovação. A empresa utiliza a tecnologia de ponta dos dados, a inteligência artificial e seus demais aparatos de inovação para um atendimento humanizado. “Fugimos muito da visão industrial de tratar as pessoas como coisas. Enxergamos pessoas como pessoas, da forma como devem ser tratadas”, ressalta Ney Paranaguá.

Por exemplo, a base de dados herdada do Hapvida permite que seu grande volume de informações e contato com relevância estatística sejam aplicados para melhorar as ferramentas e as análises do comportamento dos usuários. Isso, resumidamente, garante que os serviços sejam mais personalizados e se adaptem às necessidades dos clientes.

A escolha do nome “Maida.health” é uma homenagem ao matemático e cientista britânico Alan Turing, que nasceu no Maida Vale, distrito residencial de Londres, na Inglaterra. Turing foi uma das pessoas mais influentes no desenvolvimento da ciência da computação, além de ser pioneiro no campo da inteligência artificial. 

Sistemas de teleconsulta

Entre as novidades apresentadas está o Octopus, que é uma plataforma de regulação médica realizada por Inteligência Artificial e Crowdsourcing. Esse sistema tem a capacidade de emitir um alto percentual de respostas automáticas para solicitações médicas, o que garante para os profissionais e pacientes agilidade e precisão na aprovação de procedimentos e tratamentos.

Visando levar melhorias e praticidade à sociedade, a Maida.health está aperfeiçoando o sistema de teleconsultas, que já era um recurso disponível para os pacientes antes da pandemia, no contexto das recentes mudanças em função do isolamento social. Tornou-se, porém, uma alternativa indispensável para que vários profissionais continuassem oferecendo o conhecimento necessário para promoção e assistência à saúde.

A teleconsulta, atrelada às ferramentas da Maida.health, tem potencial de revolucionar o sistema de atendimento, desde que aplicada com efetividade, critério e considerando o modelo híbrido, para os casos nos quais o atendimento presencial seja indispensável. Seu uso é uma oportunidade para superar resistências e elaborar métodos e práticas.

Segundo Ney, muitos desses novos hábitos devem permanecer após o término da pandemia. Ele destaca que a autorização repentina do uso da telemedicina parece ser um evento inaugural de aproximação entre o paciente e a assistência à saúde, por meio das plataformas digitais e uso híbrido das consultas presenciais e a distância. “Imagino que surgirão novas compreensões de valor sobre o uso dos recursos digitais, prevendo a possibilidade de uma revolução na área da saúde com base na aceleração de um processo de mudança que já vinha ocorrendo”, finaliza.

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